aipo
s. m.
bot. planta apiácea muito conhecida e de aplicação culinária.
in priberam
eu costumo utilizar o aipo para perfumar caldos, sopas, molhos. gosto de o preparar com alguma calma, deixar que o seu perfume se espalhe pela cozinha e envolva todos os meus sentidos, enquanto fecho os olhos e inspiro.
sei onde estou. à minha volta, uma miríade de sons, cores, aromas. pertinho da ribeira das forcadas, está uma pequena horta. tomates vermelhos[cheios], pimentos[de todas as cores], malaguetas[vermelhas... picantes] e pepinos verdes. no chão, gordas abóboras cujos braços se estendem pela terra, preguiçosos.
sei onde estou. à minha volta, uma miríade de sons, cores, aromas. pertinho da ribeira das forcadas, está uma pequena horta. tomates vermelhos[cheios], pimentos[de todas as cores], malaguetas[vermelhas... picantes] e pepinos verdes. no chão, gordas abóboras cujos braços se estendem pela terra, preguiçosos.
e o aipo.
esse cresce selvagem,
bem perto dos agriões [também eles, selvagens],
ao lado da ribeira.
e
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p
l
o
s
ã
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de
c
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e desta explosão que invade aquele espaço mágico, há um que se destaca. e é por isso. é só por isso que, sempre que posso, cozinho qualquer coisa com aipo.
não pelas suas presumíveis propriedades afrodisíacas, não pela sua reconhecida fonte de potássio nem porque combina bem com couves, frango, pepino, peixe, salada de batata e em sumos com maçã e cenoura.
só pelo aroma penetrante[com notas de noz moscada, citrinos e salsa]. aquele que me leva a viajar, que me ajuda a fazer perto de quinhentos quilómetros em segundos. que me leva para junto da ribeira das forcadas. onde eu sou completamente, feliz.
não pelas suas presumíveis propriedades afrodisíacas, não pela sua reconhecida fonte de potássio nem porque combina bem com couves, frango, pepino, peixe, salada de batata e em sumos com maçã e cenoura.
só pelo aroma penetrante[com notas de noz moscada, citrinos e salsa]. aquele que me leva a viajar, que me ajuda a fazer perto de quinhentos quilómetros em segundos. que me leva para junto da ribeira das forcadas. onde eu sou completamente, feliz.
12 comentários:
Bonito
(gosto de cozinhar, sabia?)
e é assim
por efeito deste post seu
que um terrivel cheiro a esturro
por momentos, desapareceu...
Beijo
Tenho que ir visitar essa ribeira que parece encantar-te. Não passo muito longe dela todos os fins de semana. Beijinhos
Essa ribeira deve ser mesmo especial para te dares ao trabalho de enfrentar um fogão!!! És louca, menina!!! Mas eu adoro-te :)
Que espaço mágico é esse de que estás sempre a falar, amiga? Fico com inveja porque eu não tenho "terra". Quero dizer, sou de Lisboa tal como toda a minha família. Um dia tens que me levar ao teu cantinho perdido atrás dos montes.
Muito boa descrição do aipo, adorei :)
Este blogue está a ficar muito piegas.Está na hora de partir para outras leituras. Não se aguenta tanta lamechice!
Há coisas tão simples e tão fantásticas, não há? O aipo?! Quem diria que o simples aroma de uma erva te levaria tão longe?
Nunca provei!!!
Deve ser muito bom!!! E ao que parece cheira ainda melhor :]
Engraçado! Como ver o aipo com outros olhos!
Descobri o teu blog por acaso e li cada post teu. Gostei. Boa caminhada. Posso caminhar contigo?
Miga:
Por acaso não o uso muito, defeito meu que vou tentar corrigir, porque agora já aqui o "provei" e gostei ;-)
beijinhos
Há coisas tão simples e tão fantásticas, não há? O aipo?! Quem diria que o simples aroma de uma erva te levaria tão longe?
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